Quando o jogo de tiro "Crysis" foi lançado em novembro de 2007, não bateu apenas recordes de "visual realista" e "exigências técnicas absurdas". Segundo Harald Seeley, gerente de negócios da produtora Crytek, o jogo também foi o que mais sofreu com cópias ilegais.

"Posso dizer que o grau de pirataria que atingiu 'Crysis' foi o maior que já vi", disse Seeley em entrevista ao site "Next Generation", sem citar números oficiais. "Crysis" foi lançado em novembro de 2007 e, segundo o site, vendeu 1 milhão de cópias no mundo todo até fevereiro de 2008.

As vendas abaixo do esperado levaram o presidente da Crytek, Cevat Yerli, a anunciar que o estúdio não produzirá mais jogos exclusivos para computador. Apesar do pedido de jogadores, "Crysis" não foi lançado para os consoles da nova geração Xbox 360 e PlayStation 3.

"Acredito que a pirataria seja o principal problema dos jogos de PC. Jogadores que fazem cópias ilegais destroem a plataforma", disse Cevat em entrevista à revista "PC Play".

Fim da fidelidade

"Crysis" é um jogo de tiro em primeira pessoa que coloca o jogador em uma equipe de soldados equipados com armaduras que garantem poderes especiais como invisibilidade, força e velocidade. Em nome dos EUA, eles vão para as Filipinas investigar a intervenção da Coréia do Norte em uma operação arqueológica. O visual do jogo é informalmente considerado "o mais realista dos videogames", e por isso ele exige computadores potentes para ser visualizado em qualidade máxima.

A alemã Crytek tornou-se famosa com "Far Cry", jogo de tiro com visual realista para a época em que foi lançado (2004), com exclusividade para computadores. O jogo ganhou versões para Xbox, PlayStation 2, GameCube, Wii e Xbox 360. "Far Cry 2" deve ser lançado no segundo semestre de 2008 para PC, PlayStation 3 e Xbox 360.