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O Poderoso Chefão

20/12/2013 às 16:37 | 3024 visualizações

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 Quem acompanha a indústria de games sabe que são raros os jogos baseados em filmes que realmente vingam. Alguns deles são feitos por estúdios medíocres e não apresentam uma qualidade técnica decente, mas a maioria peca simplesmente por não conseguir trazer a magia da película para dentro do computador ou console.

 Com O Poderoso Chefão, a EA teve um desafio a mais: conseguir transformar um clássico cinematográfico sério e de grande renome em uma aventura a la Grand Theft Auto, que possa capturar o clima dos filmes. A missão foi bem sucedida, em partes.

 Capo Corleone

 Ao invés de fixar-se no enredo da trilogia O Poderoso Chefão, a EA decidiu criar uma história paralela no jogo, trazendo novos elementos e personagens ao mesmo tempo em que faz vários ?ganchos? com os filmes e acompanha a ordem cronológica dos seus acontecimentos. Tudo começa quando um membro da poderosa família Corleone ? um braço da máfia italiana que domina um dos bairros da Nova York da década de 40 ? é assassinado pelos membros de uma máfia rival. Deparando com o crime e temendo pelo futuro de seu filho, a mulher da vítima pede ao grande capo Don Corleone que aceite o garoto como um de seus capangas quando este estiver crescido ? pedido que é prontamente aceito pelo poderoso chefão. O tempo passa, o menino vira um rapaz cheio de problemas, e chega a hora dele entrar para a família.

 Através de um de seus homens, Don treina o rapaz e faz dele um membro dos Corleones, que agora deve deverá trabalhar e viver pelos interesses deles, cumprindo as mais diversas missões, lutando contra o avanço das máfias rivais e provando que é um capanga de confiança.

 O início do jogo é bem agradável e interessante, e sua história é um dos pontos fortes, trazendo todo o clima dos filmes ao mesmo tempo em que agrega várias novidades aos seus enredos originais. São missões de todos os tipos, acompanhadas de vários vídeos que deixam o jogador por dentro de tudo o que está acontecendo.


 Pressione X para extorquir

 Depois de personalizar o rosto de seu personagem, o jogador começa O Poderoso Chefão com algumas missões tutoriais e com a obrigação de conseguir uma grana para si e para a família. A maneira mais comum de obter esse dinheiro é extorquindo donos de estabelecimentos comerciais, prática que é muito utilizada em todo o jogo. O processo de extorsão é interessante no princípio, mas se torna maçante com o tempo: deve-se entrar numa loja e pedir para que o dono pague uma taxa mensal aos Corleones, em troca de segurança. A primeira etapa é a conversa, mas a grande maioria dos vendedores não aceitarão a proposta, portanto é necessário partir para a ameaça verbal. Não conseguindo ainda atingir seu objetivo, o jogador deverá apelar para a violência, como bater nos clientes, quebrar máquinas registradoras e móveis da loja ou até mesmo molestar o vendedor. Com estes atos, um medidor de extorsão vai subindo e mostrando se o comerciante já mudou de idéia ou persiste com sua opinião, o que obrigará o jogador a continuar com o quebra-quebra. Atingindo o nível de convencimento, o vendedor concorda em pagar uma taxa mensal.

 Na grande maioria dos casos, ao mesmo tempo em que se consegue o dinheiro, você ganha acesso ao fundo das lojas, o que pode revelar algumas atividades ilícitas que ali ocorrem ? chamadas no jogo de ?Rackets?. O jogador também pode comprar esse comércio ilegal e garantir que uma maior quantia de dinheiro seja adicionada à sua conta semanalmente.

 São diversas lojas espalhadas por toda Nova York e esse processo de extorsão é sempre o mesmo, o que torna as coisas enjoativas com o tempo. Essa repetição ainda é agravada pelo fato dos interiores das lojas de um mesmo segmento comercial serem praticamente idênticos (todas as padarias, por exemplo, são iguais).

 Finish him! Fatality!

 Deixando de lado o processo de extorsão, O Poderoso Chefão nos presenteia com missões bem interessantes, que sempre trazem algum detalhe diferente e estimulam o jogador. Por exemplo, certas missões cujo objetivo principal poderia ser apenas matar alguém, no jogo são trazidas de maneiras diferentes, mais criativas, com certos requintes de crueldade, como matar alguém através de explosões, jogar a vítima de cima de prédio para fingir que foi acidente, empurrar para dentro de um forno de pizzaria e outras. Apesar de o objetivo final ser o mesmo, esses detalhes fazem com que a missões fiquem com um ar diferenciado, além de darem um mórbido toque de humor.

 Existe um bom número de missões a bordo de veículos, como perseguições com tiroteios, escoltas, condução de objetos e pessoas, e todas elas são bem divertidas. Mas a grande parte acontece mesmo a pé, por isso é bom que o jogador se acostume e domine os sistemas de mira e luta mano-a-mano de O Poderoso Chefão. O primeiro tende a travar o retículo em um inimigo, o que auxilia na precisão nos disparos, mas existe também um botão que ?libera? a mira para um modo livre, que permite atirar em determinadas partes do corpo do inimigo. A física trabalha para que a reação seja condizente com o local impactado, fazendo com que o inimigo possa mancar de uma perna ou até mesmo perder a sua arma ? quando atingido no braço ou mão. A mira é agradável, se posicionando sobre um dos ombros do personagem e dando a sensação jogável de um modo em primeira pessoa.

 As lutas mano-a-mano já não são tão confortáveis. A EA optou em colocar a distribuição de golpes no direcional analógico direito, o que tornou a troca de tapas meio aleatória. Existem alguns bons socos e movimentos especiais bem brutais, como espécies de ?fatalities?, que finalizam os inimigos com chaves, golpes mais fortes e até tiros a queima-roupa na cabeça da vítima. É um show de violência. As brigas, no geral, são divertidas, mas seus controles poderiam ser melhores.

 Tanto nos tiroteios quanto nas pancadarias, O Poderoso Chefão é bem desafiador. Certamente, a grande maioria dos jogadores vai morrer várias vezes tentando cumprir certos objetivos e até poderá se irritar nas missões mais recheadas de inimigos. A inteligência artificial é bem agressiva e a precisão dos disparos inimigos é alta, fazendo com que o personagem morra com alguma facilidade. Mesmo assim, em determinados momentos, ela apresenta falhas, como inimigos que ficam inertes ou não reagem de uma maneira mais humana.

 À medida que você vai completando as missões, pontos de respeito ? um substituto da experiência ? vão sendo ganhos. Esse respeito serve para várias coisas: atingindo certos níveis, libera um ponto de habilidade, que pode ser distribuído em atributos, como velocidade, saúde vital, combates com armas, mano-a-mano, entre outros; e à medida que você tem mais respeito, as máfias rivais, os vendedores de lojas e os demais cidadãos terão comportamentos diferentes; e também, o respeito serve para subir na escala hierárquica dos Corleones, o que lhe dará alguns tipos de vantagens.

 Assim como em todo jogo no estilo GTA, a polícia estará no seu encalço ao menor deslize. Quanto mais intensifica a destruição em vias públicas ou espalha o medo nos cidadãos, um medidor de alerta policial vai aumentando, fazendo com que os tiras fiquem menos ou mais agressivos na sua perseguição. Esse medidor só poderá ser abaixado quando você conseguir se esconder e ficar algum tempo longe da vista de seus perseguidores. Uma maneira de fazer com que a polícia faça ?vista grossa? em relação às suas ações é subornando policiais.

 Além desses sistemas de perseguição policial, existe um outro que classifica seu personagem em relação às máfias rivais. Matar ou espancar membros de outras máfias farão com que você seja mais procurado por elas, o que pode aumentar a dificuldade do jogo. Ser muito odiado em outras áreas faz com que o trânsito por elas se torne mais complicado: dependendo do nível, somos recebidos a tiros por lá.

 Nova York virtual

 A maior virtude de O Poderoso Chefão é ter um clima muito parecido com o da trilogia cinematográfica de Coppola. Os rostos dos personagens principais estão incrivelmente retratados, suas vozes são dubladas, em grande parte, pelos mesmos atores do filme, e a música tema, apesar de ser utilizada com certo exagero, traz toda a magia da série para o jogo. Há muitos diálogos, todos muito úteis ao entendimento do enredo.

 A parte técnica é bem competente em certos pontos, mas deixa a desejar em outros. Parece que a EA decidiu focar em certas coisas e destacá-las, deixando outras, menos importantes, mais de lado. Por exemplo, as vozes e a fisionomia dos personagens principal é soberba, mas existe pouca variedade de rostos e vozes para os cidadãos e personagens menos importantes. O interior das lojas é bem detalhado e cheio de objetos, mas todos são parecidos. Da mesma forma, a cidade é vasta, mas muitas ruas parecem iguais. As texturas também oscilam de ótimas a bem fracas. Em personagens principais como Don Corleone, percebe-se até um mínimo botão em sua jaqueta, mas algo mais genérico ? como os veículos ? costuma ser ruim, com texturas pobres, sem efeitos de reflexo na lataria e transparência nos vidros.

 No final das contas, o sistema gráfico pode ser considerado bom, uma vez que permite que o jogador visite a cidade quase toda, que é bem grande, e entre em edifícios sem que haja uma tela de ?loading? sequer.

 A aventura toda ainda é bem longa e existem muitos pontos para explorar ou simplesmente passear. Como extra, O Poderoso Chefão dá ao jogador alguns vídeos retirados diretamente dos filmes, que vão sendo liberados à medida que certos objetivos são completados ou quando se coleta um número determinado de rolos de filme, que ficam espalhados estrategicamente pelos cinco bairros da vasta Nova York.

Créditos: Felipe Menezes - Outer Space 

Inserido por: deadmx 

Comentários & Opiniões

Avaliação:

5 avaliações até o momento.

Positiva 100%
 
Negativa 0%
 
Quem já avaliou: Kazi   Free Bird   Eduardo Campos   Lucas123

Comentário por Egon Johnson (Contribuidores)

muito bom

enviado em 20/12/2013 às 22:14

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