Durante o ano de 2007 o que mais se ouviu falar no mundo dos games foi o nome Crysis. Isso porquê devido a sua CryEngine 2 ele prometia ter gráficos arrebatadores e diversos detalhes que o tornaria um FPS (tiro em primeira pessoa) inovador.

Uma pedra no caminho

O primeiro grande "impacto" que se tem quando você pretende jogar Crysis é no seu bolso, a não ser que você já esteja preparado com um ponta de linha. Os requerimentos mínimos oficiais são:

• Windows XP/Vista
• CPU 2GHz
• 1GB de memória RAM
• 12GB de espaço disponível em disco
• placa de vídeo aceleradora 3D com 256MB de memória (equivalente/superior a GeForce 6800GT ou Radeon 9800 Pro)
• DirectX 9.0c ou DirectX 10

Mas, é claro, é possível jogar com menos que isso, para você poder jogar Crysis, sem ter vontade de quebrar seu computador, você precisa no mínimo mesmo é de um processador com 1.8 GHz, 1 GB de ram no Windows XP e 2GB no Windows Vista e em Dual Channel, senão sem chance. Espaço em disco é 12 GB mesmo e a placa de vídeo, para jogar com tudo no low pode ser a partir de uma nVidia GeForce 6600GT com 128MB, ou qualquer outra semelhante com memórias DDR3.

Só esses requerimentos já são de matar. E se você estava pensando em jogar tudo no máximo pode esquecer, a não ser que você gaste mais do que um carro popular no seu PC você não vai realizar esse sonho.

Enredo

Então, quando você consegue ter uma máquina que suporte o Crysis, a diversão estará garantida. O jogo tem um enredo bom, um pouco repeteco de Half Life e Half Life 2, mas bom. As missões são bem elaboradas e não são lineares, inclusive há missões secundários e opcionais. Se você for muito exigente, achará que perto do final do jogo o enredo fica pobre, previsível, chato e linear.

Você é um soldado Americano (que novidade!) das Forças Especiais contra os Norte-coreanos  e contra robôs (não sei se essa é uma boa definição). Você conta com um "Nano Traje" (Nano Suit). Que é uma roupa de alta tecnologia que pode lhe dar Escudo ou Velocidade ou Força ou Camuflagem. Sendo que você escolhe a hora de usar cada um dos "poderes", e isso é muito legal, por que lhe dá diversas opções de como jogar o jogo, você pode optar por dar uma de Rambo ou por dar uma de Splinter Cell, você escolhe. Mas isso só até perto do final do jogo, quando utilizar alguma opção além do Escudo não tem sentido.

O jogo usa a velha fórmula "Super Mário", você tem que matar um monte de soldadinhos para chegar nos chefões das fases. Isso é até divertido, mas não é uma coisa que você espera de um jogo que busca surpreender, e é até meio bobo se você for ver que o jogo tem classificação para maiores de 17 anos.

Armas

Um ponto alto do jogo, as armas, você pode modificar todas para dar o seu toque, e ainda combinar com o seu estilo de jogo junto com as opções do Nano Traje.

As armas são projeções futuristas das armas atuais, mas para quem buscava inovação vai dar de cara com as mesmas armas do primeiro Half Life (nem a bazuca guiada a laser escapou). Mas vale dizer que mesmo assim as armas são um ponto muito alto do jogo, o detalhe de poder modificá-las ao seu gosto traz outra cara ao jogo.

Gráficos

É quanto aos gráficos que você se pergunta "Valeu a pena gastar meu dinheiro?". Se você não tiver dinheiro sobrando certamente a resposta é não. Surpreendido?

Os gráficos realmente são muito bons a partir das configurações em Medium (Médio). As explosões, fogo, iluminação, selva e água são excelentes, já os personagens deixam um pouco a desejar.

Mas o principal motivo de não valer a pena gastar dinheiro somente para jogar Crysis é que ele traz muita pouca coisa que você já não encontra em outros jogos com requisitos menores. Exemplos: Call of Duty 4, Medal of Honor Airborne, Half Life 2, Half Life 2: Episode One, Half Life 2: Episode Two.

Jogabilidade

A jogabilidade em si é muito boa, mas alguns detalhes podem irritar jogadores experientes. Se você jogar nas dificuldades mais avançadas perceberá que com as armas mais comuns do jogo, a uma distância média, você terá que despejar um pente, ou mais para matar um único Coreano que nem parece usar colete e possui uma inteligência artificial fraca. Se você for tentar matar a distância, sem atirar na cabeça do adversário com certeza irá se cansar de ter que sair por ai buscando munição, pois gastará muita.

O ponto mais alto da jogabilidade são as opções do Nano Traje. Com elas você pode jogar o jogo de infinitas maneiras. Outro ponto forte é que você pode marcar os inimigos com o binóculos (Tag) e assim acompanhá-los pelo seu radar, inclusive os veículos.

Cenário

Excelente. O cenário é sem dúvida um dos melhores até o momento. Praticamente tudo é possível destruir, inclusive folhas e galhos são arrancados. Você terá que ter cuidado para que árvores não caiam em você, pois com os tiros elas são cortadas, quebradas, etc. A interação com o cenário certamente torna as missões muitíssimo mais interessantes e aumentam as possibilidades do jogo.

Veredito

Sem dúvida é um jogo que você irá debater com seus amigos. Não é um jogo muito inovador como foi vendido para os gamers do mundo todo, mas com certeza possui detalhes muito interessantes. Se você for gastar muito para deixar seu computador compatível com o Crysis, aconselhamos que você tente comprar outros jogos que poderão lhe oferecer a mesma diversão.

Pontos Positivos

• Nano Traje e jogabilidade em geral
• Personalização das Armas
• Gráficos
• Missões elaboradas, mas com objetivos simples

Pontos Negativos

• Enredo (a partir da segunda metada do jogo)
• Inovação não tanto inovadora.
• Inteligência Artificial.
• Relação Custo/Benefício