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Tomb Raider: Legend

03/05/2006 às 12:46 | 1270 visualizações

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 Depois de cinco frustrantes seqüências de Tomb Raider, aparece uma continuação digna do legado das duas primeiras edições da série estrelada por Lara Croft. Tomb Raider: Legend é aquilo que os fãs já esperavam há muito tempo: ótimos gráficos, enredo envolvente, jogabilidade divertida e fácil, ação, puzzles e Lara Croft em altíssima resolução na versão para Xbox 360.

 Apesar da popularidade de Lara ainda estar em alta, principalmente pelos dois filmes com Angelina Jolie no papel da heroína, o fiasco dos últimos títulos produzidos pela Core Design, a criadora da série, fez com que a Eidos transferisse a responsabilidade do novo Tomb Raider para uma nova produtora, a Crystal Dynamics. A equipe da Crystal ainda contou com a consultoria de Toby Gard, o “pai” de Lara Croft, durante a produção do título para, pelo menos, manter a essência da personagem.

  A Lenda de Lara Croft

 Apesar de continuar sendo um Tomb Raider, Legend é bem diferente de tudo que já foi feito na série. Os diálogos estão bem melhores, não apenas pela qualidade do som como pelo conteúdo e, apesar de alguns clichês, as falas de Lara e dos outros personagens são fieis, bem estruturadas e soam naturais. A maior parte da história se desenvolve nos diálogos de Lara pelo comunicador com a equipe de suporte, que é constituída de: Zip, um gênio da informática e eletrônica; e Allister, um historiador acadêmico.

 O enredo é provavelmente o melhor da série, envolvendo o passado de Lara (incluindo uma parte do jogo em flashback), e a lenda do rei Arthur, que tem varias similaridades com mitos de diversas civilizações ao redor do mundo. Depois de descobrir essa coincidência, a heroína vai em busca do que se acredita ser a lendária espada Excalibur, que está espalhada em pedaços por todo o mundo. Essa historia é muito bem desenvolvida no decorrer do jogo, contando com o suporte de ótimas cenas de corte.

 Lara Croft vai então buscar fragmentos do que se acredita ser a espada Excalibur nos mais diversos e exóticos locais do mundo: Bolívia, Cazaquistão, Japão, Nepal, Inglaterra e muitos outros. Os cenários são todos interessantes, ricos e bem construídos, além de visualmente impressionantes. Logo no começo do jogo, quando Lara está escalando uma cachoeira na Bolívia, é possível perceber o quanto a Crystal Dynamics se importou em detalhar os ambientes.

 Uma mudança clara em relação às outras edições é que, ao invés de termos Lara desbravando lugares inexplorados e desertos, até mesmos as ruínas mais antigas já não parecem tão misteriosas, uma vez que Lara sempre irá encontrar um exército de inimigos por lá e, às vezes, até um utilitário esportivo estacionado na porta. Com a aventura se estendendo a cenários como Japão, Cazaquistão e outros, fica um ar de modernidade no jogo, e não tanto de “Indiana Jones” como antes.

 Os níveis são muito bem elaborados, e recheados de escaladas acrobáticas, inimigos e enigmas. Apesar dos puzzles serem mais fáceis que o usual, e o jogo ser bem curto, alguns são bem desafiadores e podem segurar o jogador por um tempo, mas nada que chegue a incomodar. A maior parte dos enigmas envolve saltos em barras, empurrar objetos nos lugares certos, alavancas e usar uma corda com gancho magnético que serve inclusive para arrastar objetos pesados e essenciais para se superar os desafios.

 Com algum progresso na aventura e intimidade com os novos recursos de Lara, esses desafios começam a ficar um pouco repetitivos e sem brilho. A criatividade dos produtores parece quase ter esgotado próximo ao final, mas enquanto dura a sensação de novidade, os enigmas são um dos grandes acertos desta aventura.

 Além de enigmas, monstros e armadilhas, é importante ficar atento a algumas cenas de corte em que o jogador deve interagir, como em Resident Evil 4. Não é nada muito difícil, basta apertar o botão certo na hora certa, que Lara faz o que deve ser feito. Às vezes o jogador pode ser pego de surpresa por essas cenas, mas não faz tanta diferença perder assim, pois o jogo sempre salva automaticamente um pouco antes, e vale a pena errar apenas para ver as animações bem feitas de Lara morrendo.

 Como sempre na série, a mansão de Lara também pode ser explorada e usada para treinar acrobacias, e está bem mais interessante que nos jogos em que era apenas uma fase “tutorial”. Além de estar bem caprichada, alguns dos enigmas mais difíceis do jogo estão lá, fazendo da mansão algo como uma fase extra.

 È possível chegar ao final do jogo em aproximadamente oito horas, sem maiores dificuldades, mas é para destravar todos os extras, o jogador pode demorar o dobro do tempo, e não tem nada interessante o bastante para valer o esforço. Apenas algumas roupas diferentes para Lara, perfis dos personagens e upgrades de pistola são interessantes, mas mesmo assim, nem tanto.

 Arqueóloga, aventureira, ginasta olímpica

 Quem jogou os últimos Tomb Raider vai se espantar com o nível da reformulação da jogabilidade conseguida pelo time da Crystal Dynamics. Muito longe do arcaico controle tipo “tanque” que atrapalhava nos jogos anteriores, a movimentação de Lara agora flui com enorme naturalidade e precisão. O leque de ações possíveis também se multiplicou, mas tudo pode ser executado de forma intuitiva, como nos melhores jogos de plataforma.

 A jogabilidade é, surpreendentemente, um de maiores trunfos de Tomb Raider: Legend, e até mesmo a câmera funciona bem. Ainda acontecem quedas acidentais, caso Lara não esteja corretamente posicionada em um salto mais difícil, mas o design das fases faz com que esse acontecimento seja raro. A capacidade atlética de Lara somada aos controles favoráveis faz com seja realmente bem divertido saltar, escalar, e fazer todo tipo de acrobacia para passar dos níveis. Os saltos triplos e rolamentos são de deixar qualquer ginasta com inveja, e os giros nas barras não são menos impressionantes.

 Mesmo no combate, a arqueóloga não deixa de dar umas piruetas. O modo de mira automática, similar ao de GTA, funciona bem, apesar de ser simples e não muito envolvente. Além de atirar, Lara também pode fazer uns poucos ataques corpo a corpo, incluindo movimentos aéreos que ativam uma espécie de bullet time, que é bom para quebrar um pouco o clima de tiroteio. O único porém é que com exceção de uns poucos chefões, os inimigos se resumem a capangas e tigres, sendo que os felinos são bem raros. O combate não pode ser considerado uma deficiência do jogo, mas é bobinho e desnecessário.

 O foco de Tomb Raider: Legend se mantém na solução de enigmas, nas acrobacias e tiroteios, mas eventualmente Lara irá pilotar motos para perseguir os inimigos em seqüências típicas de um filme de ação. Uma acontece no Peru e outra no Cazaquistão, sendo que a segunda conta com um cenário nevado muito bonito de pano de fundo, que é o que vale mais a pena. Estas seqüências são bem medíocres e servem mais para “encher lingüiça” que para valorizar a jogabilidade, mas felizmente acontecem raramente. Os controles da moto são simples – até demais – e a mira automática faz com que o combate se resuma a apertar o gatilho o mais rápido possível, além de desviar de alguns obstáculos.

 Boob job

 Das formas poligonais grosseiras dos primeiros jogos às curvas perfeitas de agora, não há dúvida que a idade só fez bem a Lara. A personagem recebeu uma bela recauchutagem poligonal, seus peitos nunca estiveram tão firmes e seu rosto está mais bonito e bem detalhado. Na versão para Xbox 360, principalmente, é possível notar os mínimos reflexos no batom ou o suor escorrendo pelo rosto da heroína. E a constante troca de modelitos – que inclui um sensual longo para uma festa noturna em Tóquio – valoriza ainda mais a boa forma de Lara.

 As versões para PS2, Xbox ou PSP têm visuais excelentes e que demonstram o empenho da Crystal Dynamics em ressuscitar a franquia Tomb Raider por inteira. Mas a versão para Xbox 360 é especialmente interessante neste quesito. Ao contrário da maioria dos jogos convertidos do PS2/Xbox para o console da nova geração, Legend não se limitou a um incremento de resolução e uma ou outra textura melhorada no 360. O jogo não chega a impressionar como um título da nova geração, mas está mais bonito que os equivalentes dos consoles antigos em todos os aspectos possíveis, o que demonstra algum comprometimento em aproveitar o poder extra do 360.

Créditos: Marcelo Faria - Outer Space 

Inserido por: deadmx 

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