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Análise Resident Evil 4

29/07/2011 às 13:55

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Tirando um pouco dos gráficos, é verdade, mas adicionando alguns desbloqueáveis, e mantendo o impacto de um dos grandes jogos desta geração.
Menos Boo, mais Bang!

Pra quem chegou atrasado à festa, vamos recapitular. Resident Evil 4 é sobre chutar traseiros. Traseiros espanhóis, já que depois do fim da Umbrella Corporation e do vírus T, Leon, o policial de Resident Evil 2, foi parar em um vilarejo no interior da Espanha, onde deve descobrir o paradeiro da filha do presidente dos Estados Unidos e, mais tarde, resgata-la.

Saem os zumbis, entram os aldeões – bem mais inteligentes e perigosos, armados de foices, tochas, moto-serras e até bananas de dinamite. O primeiro contato com eles não traz um aperto de mão, mas uma machadada, e as palavras de boas vindas são na verdade o “Mierda!” e “Atrás de ti imbecil!” que escutaremos algumas centenas de vezes até o final do jogo.

A razão para o mau humor desta gente é descoberta nos capítulos seguintes, mas antes de prometer uma boa história, ou o horror de sobrevivência de outrora, Resident Evil 4 se compromete com a diversão e a boa jogabilidade. É um jogo de tiro acima de tudo, no qual até os puzzles mais simples podem ser solucionados à bala. Vê algo suspeito no cenário? Atire e descubra o que é. Um disparo despretensioso em um ninho no galho de uma árvore pode revelar um tesouro – “You find an Antique Pipe. Will you take it?”. Há um bocado de itens típicos de um Resident Evil para serem encontrados, e quase todos têm um propósito: serem vendidos, para ganhar mais dinheiro e poder comprar mais armas e munição.

O melhor do tiroteio, entretanto, está em eliminar os aldeões e, mais tarde, membros de uma seita que estão por trás do rapto da menina. O sistema de danos localizados é um espetáculo: atirando no braço, podemos desarmar o inimigo; na cabeça, os miolos são estourados (nem tanto uma boa idéia quanto parece); e a perna pode ser uma ótima forma de fazê-los cair para ganharmos tempo e mirar com mais calma em um ponto vital. Nada melhor do que, quando enfrentando um grupo de aldeões, atirar naquele sujeito que carrega uma banana de dinamite e vê-lo tropeçar e deixar a bomba estourar, eliminando todos aqueles que estão em volta.

E ainda existem confrontos com os clássicos chefes de fase, que aqui vão de um enorme monstro do lago à aberração chamada “El Gigante” que dispensa comentários. As lutas contra essas criaturas são muito divertidas e, visualmente, alguns dos momentos mais espetaculares de Resident Evil 4.

Fãs do modelo clássico de horror de sobrevivência – mais focados em puzzles e sustos – poderão estranhar a mudança de direção, mas em compensação terão o jogo mais bem produzido e, de longe, o mais divertido de toda a série.

You find lesser graphics. Will you take it?

A versão original de Gamecube tem gráficos que, provavelmente, serão os melhores vistos nesta geração de consoles. Partindo do pressuposto de que é impossível uma conversão sem perda de qualidade gráfica para o hardware menos potente do Playstation 2, a Capcom merece aplausos pelo que fez.

Resident Evil 4 para Playstation 2 não tem a mesma qualidade gráfica do original de Gamecube, mas engana muito bem. Em várias partes – principalmente em ambientes fechados –, as duas versões praticamente se equivalem em qualidade, ou pelo menos, incitam análises mais cuidadosas.

O jogo de Playstation 2 tem texturas um pouco menos definidas e uma paleta de cores reduzida. O cenário amarronzado do começo é ainda mais monótono, e traz uma notável diminuição de geometria. Mas ainda tem a atmosfera do original e pode ser considerado um dos jogos mais bem feitos do console.

A versão para Gamecube é claramente superior, entretanto, no quesito luz e sombra. Algumas das partes mais impressionantes do jogo – aquelas onde se vê relâmpagos ou luz de fogo refletindo em todo o ambiente, em tempo real – são bem discretas na versão para Playstation 2 e comprometem um pouco o clima de terror.

Para exemplificar melhor esta diferença, veja estes dois vídeos que só Outer Space traz para você: Versão para Gamecube | Versão para Playstation 2. É uma cena com uso intensivo dos efeitos de luz no Cube, uma das poucas onde as diferenças ficam bem evidentes.

Em contrapartida, esta nova versão traz widescreen real (no Gamecube, eram faixas pretas em cima e em baixo) e progressive scan, ótimo para quem tem HDTV/EDTV. O som é Dolby Pro Logic II em ambas as versões.

Extras

A parte jogável, o conteúdo do original, está intacto no Playstation 2. É o mesmo jogo incrível visto no começo do ano, com alguma simplificação gráfica, mas com uma missão extra exclusiva para compensar os problemas.

Chamada Separate Ways, a missão extra é jogada na pele de Ada Wong. São mais quatro horas de ação que mostram os acontecimentos por outra visão, com o tempo correndo paralelamente ao da aventura principal. E é mais interessante e bem elaborado que o já conhecido Assignment Ada do original, já que mostra respostas para alguns eventos da trama principal (como quem toca o sino da igreja na primeira parte), além de ter novas armas como um gancho para subir em lugares antes inalcançáveis.

Bobagens como novas roupas para os personagens e uma arma de raios também são itens desbloqueáveis exclusivos da versão para o console da Sony.

Outras diferenças mínimas entre as duas versões: há um intervalo de carregamento discreto na versão de Playstation 2, mas que era quase imperceptível na do Cube, alguns samples de som estão em qualidade mais baixa, e pode-se atirar em peixes e comê-los. E, finalmente, o balanceamento foi ligeiramente alterado e agora os inimigos exterminados não deixam mais tanta munição e itens, mas soltam mais dinheiro.

O Veredicto

Quase um ano depois de revolucionar o horror de sobrevivência no Gamecube, Resident Evil 4 resistiu ao teste do tempo e manteve-se como um dos melhores jogos dos últimos anos.

Entre os extras do Playstation 2 e o visual mais sofisticado da versão para Gamecube, a vantagem é para este último, afinal a boa ambientação pesa mais em um jogo de horror que algumas horas extras de jogo. Mas em qualquer plataforma, Resident Evil 4 é um clássico e um jogo obrigatório.

Créditos: Swan 

Inserido por: CPTNOMAD 

Comentários & Opiniões

Avaliação:

3 avaliações até o momento.

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Quem já avaliou: CPTNOMAD   Jill Valentine   JillValentine

Comentário por JillValentine (REGISTERED)

Boa Análise :D

enviado em 15/02/2012 às 23:25

Comentário por Jill Valentine (REGISTERED)

Prefiro a versão do playstation 2 :)

enviado em 22/08/2011 às 20:24

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