História de minha autoria - Los Desperados - Parte 2

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Stiglitz
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História de minha autoria - Los Desperados - Parte 2

Mensagem por Stiglitz »

Galera, já tinha avisado que o máximo de caracteres era 60000, então precisei criar novo tópico, mais tá tudo aí. A história continua de onde parou, e para quem quis, hoje tem novo capítulo!

Parte 1: viewtopic.php?f=141&t=16573
Parte 3: viewtopic.php?f=141&t=16699

Mural de atualizações

17/04/2013 17:40 - Primeiro capítulo disponível. (Parte 1)
17/04/2013 21:30 - Segundo capítulo disponível. (Parte 1)
22/04/2013 18:50 - Terceiro capítulo disponível. (Parte 1)
25/04/2013 18:25 - Quarto capítulo disponível.
29/04/2013 18:45 - Quinto capítulo disponível.
02/05/2013 17:20 - Sexto capítulo disponível.
06/05/2013 18:45 - Sétimo capítulo disponível (Parte 3)
09/05/2013 17:50 - Oitavo capítulo disponível (Parte 3)
13/05/2013 19:10 - Nono capítulo disponível (Parte 3)

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Capítulo 4 - Fixação

Comecei a surtar na sala. Gritei muito, pedindo perdão á deus pelo que eu tinha feito. Aliás, o que eu tinha feito para merecer uma vida daquela? Perdi meus pais, meus amigos, minha namorada, minha família, minha escola, minha vida. Por que eu estaria passando por isso? Por quê? Comecei a descontar minha raiva toda, em pensamento daquelas criaturas horrendas. Elas tinham sido a causa de tudo aquilo. De todas as mortes me envolvendo. Até a morte da pobre família, na rua da noite passada. Fui até a cozinha, e avistei um faqueiro. Corri em sua direção e peguei a mais afiada que tinha. Para testar, sim, eu fiz uma coisa louca: cortei meu próprio braço, rasgando desde o início do Rádio até o começo do pulso. Espirrou sangue, sim, mas eu não sentia dor. Apenas ódio. Abri a porta num chute e vi 3 demônios. Fui correndo ao encontro deles, e me joguei em cima do primeiro, já cravando a faca. Retirei-a e um deles tentou me pegar por trás. Enfiei a faca na barriga dele de costas e dei-lhe um soco no queixo que o derrubou, e eu liquidei-o esmagando sua cabeça com o pé. O último estava longe, e usei a mesma estratégia do primeiro. Quando acabei, fiquei ali no gramado, deitado e olhando para o céu, chorando. Logo, viriam mais, então entrei e fui para o meu sofá. Não sei o que tinha dado em mim, nem aonde adquiri aquelas habilidades, nem a força para fazer aquilo. Fiquei ali sentado, chorando incondicionalmente. Não me importava se algum deles me ouvisse, eu precisava daquilo. Coloquei minha cabeça sobre as pernas e ali fiquei. Quando retirei minha cabeça, tive uma visão. Minha mãe estava na minha frente. De imediato, eu pulei de alegria, pensando que aquilo fosse uma brincadeira de mal gosto de alguém que passou por ali, até porque os armários da cozinha estavam quase vazios. Corri e abracei minha mãe:

- Mããe! Você está viva! Graças a deus, não sabia como ia continuar. – Ela me abraçou de volta, chorando e rindo, porém estava um pouco séria.

- Nik, eu quero que você cuide bem de sua irmã, ok? Eu já falei que eu estou num lugar melhor agora, porém não quero isso para vocês. Vocês têm de viver, tá ouvindo? Você tem a obrigação de viver, e de proteger sua irmã! – Comecei a chorar novamente. Aquilo era tudo da minha consciência. Mas, se minha vontade se realizasse, eu ficaria ali para sempre. – Nikolai, eu quero que você saiba que eu sempre vou estar te olhando daqui de cima, e eu sempre vou te amar. Se precisar de mim, tente me chamar e se puder, eu virei. Deus está com você. Filho. Adeus. – E então, vi a imagem de meu pai, me dando um tchau amoroso, levando minha mãe pela porta da entrada, que se transformara numa porta brilhante do lado de fora. Retomei a consciência e eu estava deitado de bruços. Não se passou nenhum minuto; era exatamente a mesma hora. Foi aí, que eu percebi, que mesmo descrente como era, Deus não me abandonou. A primeira coisa que fitei foi a bíblia sagrada de minha família e a cruz em que Jesus foi crucificado, feita de porcelana. Ajoelhei-me. Abri a bíblia no salmo 90, que, todo dia minha mãe lia, mas eu tinha preguiça de acompanhá-la.

“Tu que habitas sob a proteção do Altíssimo, que moras à sombra do Onipotente.

Dize ao Senhor: Sois meu refúgio e minha cidadela, meu Deus, em que eu confio.

É ele quem te livrará do laço do caçador, e da peste perniciosa.

Ele te cobrirá com suas plumas, sob suas asas encontrarás refúgio. Sua fidelidade te será um escudo de proteção.

Tu não temerás os terrores noturnos, nem a flecha que voa à luz do dia,

Nem a peste que se propaga nas trevas, nem o mal que grassa ao meio-dia”.


Aquelas palavras se refletiram no que acontecera esses últimos dias, e realmente, percebi que ainda havia um Deus, e que ele estava protegendo-me. Procurei por uma vela na gaveta da cômoda que a bíblia estava e acendi-a. Com isso, minha alma se purificou, e assim pude perceber que nem tudo estava perdido, literalmente. Até fiquei feliz; coisa que achei que fosse rara daqui para frente.

Ouvi Alice chorar, então estava na hora de sua comida. No armário de minha casa, pelo menos ainda havia o leite em pó para crianças especial dela, e aquilo serviria, pois leite materno agora era impossível. A eletricidade ainda não tinha sido cortada, então tratei de esquentar no forno micro-ondas. Quando estava bom, achei uma mamadeira e comecei a dar-lhe, com ela no colo.

Depois de tudo, fui reparar-me. O ferimento mais antigo, do acidente de carro na noite inicial, eu simplesmente esquecera e não me dei conta que estava pior que antes a aparência. E o ferimento do braço, agora que parou de sangrar, precisaria de um curativo. Subi as escadas e retirei-me para meu quarto, colocando Alice em seu no quarto dela, que era ao lado do meu. Sentei na minha cama, retirei a fita milagrosa do porão que me teve 1001 utilidades, e comecei a tirar minha roupa. Quando estava completamente nu, chequei primeiro o ferimento do braço que havia feito com raiva. Não estava profundo também, por sorte, mas abrangia uma grande área. Infelizmente, agora já consciente, o ferimento queimava como carne em chama. Já o da perna, estava melhorando. O algodão em si, não parecia mais algodão, e sim um tecido tingido de vermelho. Comecei a tirá-lo de leve, já que estava grudado. Retirei com cuidado, para não fisgar nas partes cicatrizadas e abri-lo de novo; era o que eu menos queria. Quando retirei todo o algodão, Passei a mão sobre ele. Já não doía mais, e a cicatriz estava em bom estado. Apenas teria de tomar cuidado para não o sangue coagulado não grudar em calças, então comecei a pensar em usar shorts. Era o que faria. Cansadíssimo, fui ao banheiro para banhar-me. Estava fedendo, sim, e de sangue para piorar. Minha roupa, coloquei no cesto das roupas sujas. E iria lavá-la sim, pois agora eu dispunha de mais tempo que nunca. Deixei a água quente fluir sobre meu corpo, e lá fiquei. Retirei todas as impurezas dele com o sabonete líquido e passei uma boa dose de shampoo. Aquilo me revigorou, e depois do banho quente, passei desodorante e perfume, como se fosse um dia normal. Coloquei uma roupa completamente limpa e deitei-me na cama. Estava exausto de tudo que eu havia passado. Mas, eu não poderia dormir.

Havia muito o que fazer ainda. Além de que, desestabilizar minha rotina, virando uma pessoa noturna, me traria problemas. Á luz do dia, as criaturas eram mais facilmente vistas, então eu não correria tanto risco. Tratei de primeiramente, ir de novo ao banheiro e procurar gaze e esparadrapo, para fazer um curativo no braço e na perna. Demorei um pouco, mas no fim até que saiu razoável; daria conta de ficar com ele por mais de uma semana, se preciso. Então, me lembrei das malas que minha mãe havia deixado. Desci as escadas rapidamente e fui checa-las. Primeiro, abri a mala de viagens. Ali, estava separado por uma divisória que minha mãe improvisara com um pedaço de madeiro largo e fino, minhas roupas e as roupas de Alice. Havia 8 camisetas e bermudas, todas em formato de pequenos rolos com 1 sobrepondo a outra, de modo que coubesse tudo, e por cima delas, mais 12 cuecas. O enxoval de Alice estava dividido entre roupas de frio e de calor. Puxa! Minha mãe, mesmo sabendo que iria morrer ainda me ajudou, como sempre. Não chorei, ao contrário, sorri. Comecei a abrir a primeira bolsa de viagem. Lá, encontrei muita comida; pacotes de bolacha, pães, sucos em lata, e outros alimentos não perecíveis, além de latas e latas de leite para Alice. A outra bolsa continha mais uma lanterna, minha escova de dentes e a de Alice, vários pacotes de fraldas, caixas de pasta de dentes, desodorantes, perfumes, sabonetes, dentre outros itens de limpeza pessoal. A lanterna que eu achara com a família morta, e essa que minha mãe me dera, acabariam rápido, pois eram á pilha. Já a que eu encontrei na casa, na noite do acidente, aquela sim seria de ótimo proveito. Munida de um dínamo, recarregaria ela a hora que eu quisesse. Assim, decidi priorizar primeiras as lanternas de pilha, de modo que eu usasse-as rapidamente. Quantos aos alimentos, decidi volta-los ao armário da cozinha, pois não pretendia sair de minha casa. E, como o abastecimento elétrico ainda estava ativo, voltei alguns que poderiam ser guardados em geladeira, como os sucos. A mala de viagem, porém, deixaria como estava. Qualquer saída repentina, eu pegaria a mala.

Decidi fazer um plano de afazeres. Primeiro, já que eu me manteria em casa, limparia o quintal daqueles corpos horrendos e taparia todas as janelas. Segundo, eu daria um jeito de fechar o quintal apenas para mim, algum tipo de cerca improvisada ou algo do tipo. Terceiro, saquearia supermercados e mercearias próximas, em busca de alimentos que estragam fácil. Quarto, e mais importante da minha parte. Sobreviventes. Sim, um time deles. Seria ótimo para mim manter convivência humana. E quinto, se viável, uma boa arma de fogo. Não seria aonde acharia, já que as delegacias estariam saqueadas a ponto extremo, mas pensaria mais tarde. Escrevi num papel e colei na porta da geladeira.

Já estava anoitecendo, mais ou menos 5 e 30 da tarde. Então decidi começar os afazeres amanhã. Mas, pelo menos me livraria dos corpos. Desci ao porão e tentei encontrar um par de luvas. Encontrei em uma estante, bem na entrada. Voltei a casa e abri a porta. Não havia nenhum mordedor por perto, apenas um deles bem distante, que não conseguiria me ver por nenhuma razão. Pouco a pouco comecei a pegar os corpos dos cães do inferno mortos, e coloquei-os junto á uma lixeira grande, de reciclagem, que havia atravessando minha rua. O primeiro e o último foram fáceis. Agora o segundo, era um daquelas pessoas que em vida, não faziam nada além de ficar comendo besteiras e sentar na frente da TV. Demorei um pouco e acabei soltando-o 2 vezes ao tentar levar á lixeira. No fim das contas, da lixeira, olhei para as 3 ruas. Á direita, á distância, pude ver “meu” carro e alguns casas que pareciam normais. Á esquerda, vi um carro capotado não muito distante, que eu julgava ser até lá uns 200 metros. E 2 mordedores abatidos no chão. Á frente, tudo limpo por enquanto, apenas o mordedor sem rumo, bem longe. Essa rua ligava a parte mais pacata e distante da cidade ao, agora, temível centro. Lá sim as coisas estavam realmente feias. Pretendia, passado um tempo, tentar pelo menos fazer um bloqueio entre essas ruas, nem que ele fosse feito de pneus empilhados com estacas de madeira. Voltei para casa e tranquei com todas as trancas as portas, e fechei as venezianas. Trataria de criar um envoltório de pano bem grosso nas janelas, com algumas aberturas, para então conseguir espreitar a noite sem fazer barulho. Fui ao segundo andar e tranquei tudo também, e fiz um “sistema de segurança” improvisado com Alice. Coloquei em seu quarto uma linha. Se alguém quisesse entrar ali e pisasse na linha, um sino tocaria e me alertaria, no quarto ao lado. E, meu antigo taco de baseball, que usei no campeonato regional, estaria bem na mesa ao lado da minha cama. Por enquanto, aquela seria minha arma. E eu não me importava, se mesmo humanos entrassem na casa; por Alice, eu era capaz de bater na cabeça de uma pessoa que parece hostil e fazê-la cair da escada, tendo uma fratura na coluna vertebral. Mas seria praticamente impossível alguém entrar, a casa estava muito bem trancada. Eram 5 e 55 da tarde, e o sol, no horizonte, começava a se pôr. Fui ao meu quarto e peguei meu telescópio. Eu possuía um, pela razão de eu participar de olímpiadas de astronomia. Não havia nada para eu fazer ali dentro de minha casa. Então, subi no sótão e do sótão, peguei uma escada e subi ao telhado. Montei meu telescópio ali, e não parecia haver nenhum mordedor por perto, então estava limpo. Atrás de mim, apenas floresta, e a minha esquerda e direita ruas desertas. O que me intrigou foi minha frente. Ali sim, morava o perigo. Posicionei meu telescópio num ângulo de mais ou menos 30 graus e fiquei observando. Ajustei mais zoom no telescópio e fitei um arranha-céu. Ali, havia janelas quebradas e até corpos, de criaturas que eu julguei serem pessoas de verdade, não mordedoras, que, com medo, tiraram sua própria vida. Então, pude ver no terraço uma pessoa, que me parecia um executivo, abrindo a porta e correndo, empunhando uma pistola. Foquei em sua visão e pude ver que se tratava de uma Glock 33. Pude ver uma horda das criaturas vinda de trás. Foi quando vi o clipe da pistola caindo. Sim, ele estava sem balas. Ele jogou a arma na cabeça de um dos zumbis, e correu para a ponta do prédio. Então tive uma surpresa. Ele pegou no colo, uma criancinha que eu pensei ter no máximo 6 anos. Ele estalou um beijo na testa dela e abraçando-a, se jogou do prédio. Nesse momento, tirei o olho do telescópio e quis morrer por presenciar aquela cena. Sim, foi horrendo. Tentei tirar a imagem de minha cabeça, mas não consegui. Foi quando olhei para leste, e vi o sol de pondo. Fiquei olhando para lá e deixei meu pensamento voar, a respeito de tal criança. Será que eles haviam sobrevivido?

Voltei ao interior de minha casa, já que já estava de noite. Montei uma mesa em meu quarto e coloquei meu telescópio montado lá, em caso de eu precisar verificar algum perímetro. Decidi tentar ligar a TV. Consegui! E havia sinal da TV a cabo. Então, pelo menos, na Califórnia as coisas não estavam tão feias. Mas, o noticiário da noite não era nada bom. Decidi parar de ver aquelas cenas e troquei para um canal de filmes. Estava passando “2019, o ano da extinção”. Meu deus, será que eles só pensam em mortes? Troquei novamente e estava passando um filme policial. “O atirador”. Era bom, e eu amava bons filmes de ação. Coloquei o volume baixinho e comecei a ver. Quando, me lembrei do meu bom notebook. Corri para pegá-lo e enquanto assistia ao filme, liguei-o. Tentei conectar a Internet. A rede móvel estava fraca, porém, o Wi-Fi de um vizinho próximo que certa vez eu ouvi dizer a senha estava em sinal bom e ligado constantemente. Provavelmente, ele saiu as pressas e esqueceu ligada. Bom, eu aproveitaria, porque, além do mais em poucos dias a energia cairia. Chequei meu Facebook e dessa vez, vi 4 pessoas online. Sem surpresa, pois não havia ninguém conhecido. E, como sempre, mais e mais fotos da desgraça mundial. Apesar de tudo, uma delas me intrigou. Estava escrito, em uma daquelas páginas de profetas que se dizem conselheiros de deus, que os centros de refugiados eram uma baboseira, e que estavam dominados. Baboseira era o que ele dizia, com certeza. E ainda incentivava as pessoas á encararem aquilo, como uma coisa de Deus, que já foi prevista. Não acreditei em metade daquelas palavras. Decidi me descontrair e liguei meu Xbox360. Coloquei um jogo tático, Battlefield 3, para passar horas ali, a fio. No multiplayer, achei salas com 3, 4 pessoas online. Mesmo assim, dava para o gasto. Se o inferno estava fazendo um cerco contra mim, porque eu não aproveitaria enquanto pudesse?

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Capítulo 5 - Exilados

O despertador tocou as 8 e 30 da manhã. Levantei-me, e lavei meu rosto com água gelada do banheiro, para literalmente “acordar”. Estranho que ainda houvesse abastecimento de água, assim como de energia elétrica. Mas, provavelmente acabaria logo. Então, logo de manhã, já tive uma ideia. Juntei todos os galões de água que consumíamos em casa, e passaria a enchê-los, para reservar água limpa. No instante que iria começar a fazer meu café da manhã, que agora não passava de fatias de pão com manteiga, para gastá-la e não estragar rápido, Alice começou a chorar. Imediatamente, procurei por sua mamadeira em um armário e esquentei um pouco de leite, com o pó nutritivo. Levei-a para baixo e coloquei-a em meu colo, dando a comida em pouquinhos. Não reconheci minha irmã! Estava muito suja, como nunca estava. Resolvi que depois do café, dar-lhe-ia um banho. Meu café foi seco, e eu tive que tomar água mesmo, por não havia tempo para uma coisa melhor. Para distrair, coloquei uma música no meu celular. “From The Beginning”, do trio Emerson, Lake and Palmer. A música me fez relaxar, e voar adentro paraísos maravilhosos. Quando a música terminou, me vi lúcido e já tinha devorado todo o pão. Coloquei o prato na pia e fui tratar do banho de Alice. Nunca havia feito, seria a primeira vez. Quando tirei sua fralda, quase caí, por causa do fedor. Céus! Eu esquecera de trocá-la por mais de 2 dias. Dei-lhe o melhor bando que podia e coloquei uma fralda nova, assim como novas roupinhas. Perfeito! Ela estava limpa como antes. Já sonolenta, deitei-a em seu berço e fui cuidar da vida.

Como havia pensado, juntei os galões e enchi-os de água potável. O processo demorou menos que esperava, em torno de 20 minutos. Sentei no sofá um pouco, para pensar no que fazer agora. Lembrei-me que precisava manter uma rota de fuga em dia. O carro que estava a mais de 200 metros era bom, porém um dos pneus estava ******* e a gasolina, a última vez que olhara, 2 dias atrás, estava no vermelho. Então, aquele carro era inviável. Precisava de um novo. Mas como, se eu não possuía as chaves dos mesmos? Ligação direta. Sim, precisava aprender. Corri para meu quarto e peguei meu celular. Liguei-o e torci para que o Wi-Fi do vizinho ainda estivesse ligado. Tive êxito, estava! Abri meu navegador de internet. Fui diretamente ao assunto e procurei por “Ligação direta em carros”.

Tive muitos resultados, porém abri o que havia mais visualizações. Lá, ele explicava que era um método eficaz de ligar um carro, porém você deveria provar que o carro era seu e blábláblá. Agora não importava. Pulei para a parte técnica. Estava em passos. Primeiro, deveria se retirar a tampa inferior ao volante, onde se conectam os fios. Depois, deveria se achar os fios da ignição, da bateria e do motor de arranque. Como eu acharia? Pesquisei sobre cores dos fios. Constava que de qualquer carro, o da bateria são sempre vermelhos, o do motor de partida era geralmente amarelo e o da ignição variava muito. Ainda constava que eu precisaria de fita isolante, alicate, cabos jacarés, e outros materiais básicos. Aquilo eu dispensava, embora houvesse fita isolante no porão e alguns fios de cobre de 3 metros. Segundo passo: Desencapar uma pequena parte de todos os fios. Terceiro: Ligar uma das extremidades de cada jacaré nos fios desencapados. Por último, ligava-se o jacaré do fio da bateria e o jacaré da ignição juntos. Se estivesse certo, as luzes do painel se acenderiam. E então, se encostava o motor de partida nos 2 outros jacarés e pimba! O carro pegava. Bom, jacarés eu não tinha, mas era bom aluno em física e conseguia manusear fios de cobre, então faria uma gambiarra e tentaria ligá-los com fios de cobre. O carro que eu tentaria a façanha seria justamente aquele que eu tinha a chave, a 200 metros.

Fui correndo até lá e trouxe o carro para mais perto de casa. Atrás de minha casa, havia uma espécie de mata alta e fechada, e ali perto pude ver uma estrada de terra clandestina. Coloquei o carro ali, para tentar não levantar suspeitas e absorver o barulho. Então, voltei em casa e certifiquei-me de que Alice estava em seu bercinho. Estava. Tranquei a porta de ser quarto e desci ao porão. Lá, peguei um estilete velho que avistei, sem muito corte, a fita isolante e os fios que eu tinha separado. Também levei uma lanterna, em caso de não ter visão. Antes de sair, porém, coloquei no mesmo site e anotei todos os passos num papel, até fiz um pequeno esquema de como deveria proceder. Depois de tudo concluído, tranquei a porta de casa e fui à estrada.

Chegando ao carro, comecei. Tirei a tampa inferior do painel, e eu, subestimando os engenheiros mecânicos, achando que seria uma coisa fácil, encontrei um bolo de fios. Desgraça. Mas teria de tentar. Primeiramente, tentei achar os fios. O vermelho estava bem evidente, era o único. O amarelo, por sorte, também. Agora, a façanha era a ignição. Procurei distinguir, com a lanterna na boca, as cores de todos os fios. Os outros dois já haviam sido separados. Pude avistar 2 fios azuis juntos, 1 verde, 4 laranjas e 3 roxos. O verde era o único sozinho, então deduzi que seria ele. Comecei a montar o circuito: desencapei os fios, enrolei um pedaço, também descascado, do fio que trouxera que casa em todos eles, e liguei o da ignição ao da bateria. Ouvi um “click” e pude ver as luzes do painel ligarem. Minha esperança se acendeu, e improvisei um circulo com o fio da ignição para que o fio da bateria entrasse ali, a fim de apenas entortá-lo para não desprender, para que eu pudesse colocá-lo mais facilmente. Por fim, raspei o fio descascado que eu pensava ser do motor de arranque, quando ouvi um “Páá” bem grave no capô do carro, e pude ver uma fumacinha saindo de lá. Não sabia se explodiria ou não, mas sabia que eu acabara de criar um curto-circuito no carro. Droga. O único que eu tinha pronto, e acabei de estourá-lo! Como o ser humano é leigo!

Voltei para minha rua e avistei mais 3 carros. Um estava relativamente perto, bem na esquina. Os outros dois estavam na rua da direita, o primeiro mais longe e o segundo, mais perto, porém se notava que os vidros estavam quebrados. Fui até o carro da esquina, que era um Toyota Corona 2001, e sem ponderar, meti o alicate na janela e felizmente o carro não tinha alarme. Abri a porta e me enfiei lá. Já de cara, encontrei um mapa interestadual, que poderia me ajudar muito. Fiz o mesmo processo, mas dessa vez não achei o fio amarelo. O que encontrei na verdade, foi um fio cinza se destacando pelo brilho. Julguei ser o fio da ignição. Fiz o mesmo processo, e na hora de ligar, não aconteceu nada. Tentei repetidas vezes ligar o fio vermelho, da bateria, no tal cinza, mas sem êxito. Achei outros fios, porém todos juntos e mais de 1. Tentei um fio que também achei que poderia ser, um que se assemelhava a um amarelo, porém de coloração bege. O resultado? O mesmo do carro da floresta.

Bom, não sabia o que era esse que acabara de testar, mas o cinza, fui vir a perceber que era o motor de arranque. Bolas, mais um jogado fora. O próximo carro, que estava com o vidro quebrado e mais perto, havia uma pessoa morta no banco traseiro, então decidi abandoná-lo. O último, que era uma Dodge Dakota 2008, estava em perfeito estado e com aqueles plásticos na caçamba. Se conseguisse, pra mim seria ótimo. Porém, a rua em que ela estava, era próxima de uma esquina onde vi 2 mordedores. Precisava ser rápido e cauteloso. Quebrei o vidro, porém do lado do carona, e entrei por lá. Fiz o mesmo processo, e achei o fio amarelo. Tinha de ser agora. Avistei nenhum outro fio se destacando, apenas bolos de 2 ou mais fios.

Rezei para deus, para que me ajudasse nessa hora aflita, e comecei. O fio verde, para mim, era o mais bonito. Fiz o processo com 1 dos fios, já que eram dois, e nada. Desencapei agora o 2 fio roxo de um bolo de 3 fios, e nada também. Desencapei o outro fio verde e tentei. Ouvi um “Traaaam” bem baixinho. Meu coração se apertou. Comecei a passar o fio rapidamente e repetidamente, e dentro de 3 segundos, o carro ligou. Meu coração se encheu de alegria e eu pude comemorar comigo mesmo, dentro de minha mente. Passei a fita isolante no fio da ignição e da bateria, mas passei muito forte para que não se soltassem por nada, e o do motor de arranque, deixei para fora. Os outros fios que desencapara, também isolei, pois temia um curto circuito. De casa até a rua em que ela estava, a rua da direita, eram mais ou menos 500 metros. Dei ré na caminhonete e estacionei-a dentro da garagem quebrada de minha casa. Finalmente, se algo acontecesse, eu poderia sair dali.

Em casa, sentei no sofá e fui pensar no que fazer agora. Quando tive uma bela surpresa. Ao longe, comecei a ouvir um “vrummmm”, que parecia barulho de um helicóptero. Pensei ser fruto da minha mente solitária buscando refúgio em um ruído inocente, quando o ruído começou a aumentar, aumentar, aumentar. Então, meu ouvido pode claramente distinguir que era sim um helicóptero. Um helicóptero! Era a minha salvação daquele inferno! Saí na rua e comecei a acenar, mas o pássaro maquinário já havia sobrevoado minha casa, justamente na hora que percebi o que realmente era. Droga! E ele já estava tão longe. Não havia mais nenhum jeito de fazê-lo perceber.

A vinda desse helicóptero realmente me abalou. Se ainda existiam helicópteros, poderia ainda existir governo? Mas uma coisa era certa: o centro de refugiados estava em ativa. Decidi, que, meu plano de “conquistar” a rua era falho e sairia dali o quanto antes. E faria isso agora.

Decidi, porém, antes de partir, visitar uma mercearia e coletar suprimentos. Havia uma que minha mãe sempre me mandava para comprar frutas para o jantar, no final da tarde. Era á 2 quadras de casa, então decidi ir a pé mesmo. Antes, porém, esvaziei todas as mochilas que já encontrara, deixando apenas uma na SUV que eu roubei por precaução, assim como meu taco de baseball. Não o levaria, pois era muito pesado e volumoso, e desnecessário, que poderia ser convertido em peso alimentício. Comecei a minha jornada. Quando cheguei a mercearia, as portas estavam totalmente aberta, e o lixo tomava conta. Havia papéis e bandejas de isopor pelo lugar todo, além de garrafas quebradas e coisas do gênero. A fresta da porta que estava aberta não me deixava passar, então a abri lentamente. Pude ouvir o grunhido de alguns descerebrados, embora não conseguisse julgar quantos haviam. Fui o caminho todo abaixado, me esgueirando. Primeiro, passei por todas as fileiras de estantes do mercado, praticamente vazias. Contei ao total 3 descerebrados. 2 não tinham rumo; o último, porém, por uma sorte do destino viu uma porta de geladeira frigorífica aberta, na qual dava acesso a costelas de porco. E lá, ele devorava pedaço por pedaço da enorme fatia. Bom, eu coletaria o máximo de alimentos que pudesse, então comecei a saquear a mercearia. Passei pela seção de biscoitos e roubei o máximo que pude, deixando apenas alguns pacotes para trás. A mesma coisa na sessão de macarrão e produtos similares. Não viveria apenas de biscoitos, óbvio. Procurei roubar alguns sucos também, e refrigerantes que não ficavam ruins com o tempo, que eram “embalados” á vácuo. Mas, o meu objetivo eram as geladeiras. Ali ficavam os alimentos que ninguém queria pegar, pois estragavam rápido. Um dos descerebrados estava indo se juntar ao outro, da geladeira frigorífica, quando notei que eles me viriam. Abaixei-me, próximo a uma geladeira de corredor, onde se colocam caixas de hambúrguer e similares. Fui levantando devagar, e dentro da geladeira em que eu me “encontrava”, pude achar uma caixa de frango sem osso, descongelado. Puxei-a para mim com a maior cautela do mundo e comecei a abri-la. Credo! O frango quando não cozido parecia uma pasta! Eu não fazia ideia de como ele era, antes de consumi-los. Peguei um pedaço razoável, mas o que tinha mais sangue, e joguei-o a uma direção moderada com bastante força, perto da geladeira oposta a que eu me encontrava. O pedaço deslizou no chão, espirrando sangue para todos os lados. Instintivamente, os 2 mordedores saíram da geladeira e foram pegar o petisco. Quando comecei a me levantar, tive uma bela de uma surpresa. À distância, pude ouvir outro helicóptero. Sim, realmente era, pois meu ouvido agora se acostumara com o ruído. A princípio, os demônios não ouviram, mas quando ficou mais próximo, um deles pegou o pedaço no chão e começou a sair da loja, seguido pelo outro que também disputava. Por fim, vi o terceiro fazendo a mesma coisa. Com essa ótima distração, comecei o saque, e roubei por volta de 15 á 17 bandejas de queijos, presuntos, 8 pedaços de salames, 11 pedaços de salsichas, e frios em geral. Quando estava acabando a parte dos salames, para minha surpresa, meu dom de percepção falhara, e eu não notei um quarto morto-vivo. Meu coração se apertou e eu fiquei tonto. Por que, sempre que eu via qualquer coisa daquelas fitando-me nos olhos, eu desnorteava? A tontura só parou, quando o vi caído em cima de uma prateleira que caiu no chão, provavelmente por outros sobreviventes em estado de loucura, em busca de alimentos. Dali, ele não se levantaria. Tratei de acabar meu serviço rápido, porém antes de fazê-lo, notei que as geladeiras não estavam mais ligadas. Teria a luz acabado? Voltei a entrada da loja, porém, como sempre, me esgueirando. Quanto estava, mais ou menos 5 prateleiras da entrada, pude ouvir uma voz feminina, gritando:

- Não! Alguém me ajude! Por favor!

E a tal menina, entrou na loja. Não sabia quem era nem que queria. E a minha humanidade estava perdida, a ponto de que me escondi debaixo de um dos caixas de costas, e fiquei ali. Consegui ouvir a garota se dirigir ao andar superior da loja, e atrás dela pude ver uma horda tentando apressadamente fugir. E o som da horda, acompanhava o som de um carro. Sim! Um carro! Mas, se ela estava fugindo, estava fugindo da horda ou do carro? As portas da mercearia eram de vidro, e pude ver o carro dos assassinos da família, no dia do beco. Meu coração, mais uma vez, pregava uma peça em mim, me deixando quase sem consciência. Reconheci quase todas as faces dos assassinos, porém havia uma nova. Voltei à normalidade quando ouvi tiros, direcionados para onde ela estava no andar superior. Um grito histérico acompanhou os tiros, provavelmente dela, e de uma sequência de grunhidos incessantes no andar superior. Fiquei ali por mais ou menos 3 minutos, antes de planejar qualquer coisa. Pude ouvir o líder dizer, mais uma vez:

- Vamos rodar.

E lá se foram. A horda, agora desnorteada pelos tiros, só se infiltrava mais e mais pelo mercado. A porta por onde eu entrara? Bloqueada. Tinha de achar outra. E a garota? Provavelmente já estava morta, agora a questão é se estava baleada ou devorada. Mas, a minha esperança de encontrar sobreviventes, parece que morreu ali.
Pude ver um carrinho de compras, de aço, no outro caixa, direcionando bem na porta de vidro. Levantei rapidamente, sem medo de ser visto e sem olhar para eles, impulsionei o carrinho contra o vidro, fazendo-o em pedaços. Estava fora do mercado. Mas fora do mercado? A maior horda que eu já vira. Nesses casos, aprendi uma lição que alguns garotos, os mais pirracentos, uma vez me ensinaram: “Se você está fazendo algo errado e um inspetor te acha, apenas corra sem olhar para trás, ouviu Nikolai?”. Neste caso, eu não estava fazendo nada de errado nem eram inspetores, mas a lógica era a mesma. E também não olharia eles nos olhos, aquele era meu ponto fraco. Em meio a multidão de demônios, desviando-me entre eles a qualquer custo, pude contar uma horda de sim, mais de 200 “pessoas”. Isso, sem uma conta precisa e sem olhar para os que estavam atrás. A horda se estendia até a metade da rua em frente a minha casa. Dali, pude vê-la. Meu plano? Pegar Alice, ligar a SUV e dar o fora da cidade. Corri como tal maratonista que NÃO era, e cheguei bufando em casa. Não perdi tempo: tranquei a porta e corri para cima, e peguei Alice no colo. Não tinha nenhum banquinho, esquecera-o no carro que eu estraguei na floresta.

Quando fui sair do quarto dela para apanhar meu celular, esbarrei no interruptor de luz. Não acendia. Para não ficar que nem bobo, tentei mais 3 vezes acendê-lo, para confirmar, e nada. Então, a luz já era. Fui ao meu quarto, busquei meu celular e corri para as escadas. Quando ia abrir a porta da garagem, refletiu-me a bíblia sagrada e a imagem de Cristo na cruz. Pedi para que ele me ajudasse e também os peguei, em uma das mãos. Agora sim, corri as pressas para a garagem. Coloquei Alice com cuidado no carona, sem banquinho mesmo, e a comida junto com a reserva que acabei de coletar e a bíblia com a imagem no banco traseiro. Para minha sorte, a horda ainda estava na esquina. Quando ouvi grunhidos vindos da direita. Sim! Os helicópteros tinham atraídos todos eles, juntos com os carros e os tiros. Agora eu estava ferrado. Quando terminei de ligar a SUV, pude ver um dos defuntos andantes na frente do carro. Não ponderei, acelerei e o atropelei, espirrando sangue pelo vidro todo. Olhei para a esquerda e para frente e pude ver a maior horda que já tinha visto. Não se dava para nem ver aonde acabaria. Acabei pegando a rua da esquerda, a única que não estava infestada. Acionei o limpa vidros e quase morri de susto quando uma bala atravessou o para-brisa frontal. Não parei o carro e nem entrei em pânico, apenas continuei dirigindo. Então, lá no meio daquela horda, pude ver os assassinos dentro de um carro, atirando contra eles. Ou contra meu carro? Tinha impressão de que um se focava em mim, com um rifle de longo alcance, e os outros cuidavam das hordas. E era bem o que era. Outro tiro, dessa vez sibilou do lado de minha orelha direita. Pisei fundo ainda mais no acelerador e meti o pé na estrada. Olhei novamente e o carro já não mais estava ali.

Andei por mais ou menos 9 minutos e parei por um tempo no acostamento e vi o mapa de rodovias. Meu plano, agora, era pegar a interestadual e chegar em Seattle. Porém, deveria passar mais ou menos 20 quilômetros ali, na rodovia municipal que eu estava. Ou, passaria por uma rodovia secundária, que pude avistar a entrada no mapa. Olhei em frente e a 400 metros no máximo, estava a placa de entrada dela. Liguei a SUV de novo e adentrei a rodovia.

Não muito longe de onde estava, vi uma pequena casa junto a um pasto, com algum gado. Olhei para o relógio do carro que ainda funcionava e decidi que não encontraria lugar melhor para dormir, então decidi parar para descansar e me recompor. Entrei na casa, que estava limpíssima e sem nenhum grunhido para minha sorte. Subi as escadas de madeira e adentrei um dos quartos. Pequeno, mas com 2 camas de solteiro. Numa cômoda, pude ver uma foto de uma família. Como era linda, tal família! Uma pena que deveriam ter se enfiado naquele mundo, porém provavelmente estariam em Seattle. Os guarda-roupas, ainda estavam cheios das roupas do que pareciam ser os gêmeos do casal. Pude reconhecê-los pela foto, que se encaixava no perfil dela. Até a camisa que um deles estava usando, estava lá.

Decidi deixar essas lembranças pra lá e deitei-me. Quando estava quase caindo no sono, Alice começa a chorar. Céus. Desci e tentei achar alguma caixa de leite para misturar naquele pó milagroso que até agora me ajudara. Achei um restinho, e misturei-o. Não havia sol para esquentar a mamadeira, estava nublado. então sentei-me numa cadeira e quase dormi também. Acordei de vez quando um pouco de minha baba, sim, caiu sobre meu braço, que estava nu. Passei um pequeno pano no local e subi com a mamadeira de Alice. Fi-la tomar tudo, e depois nanei um pouco com ela. Quando ela dormiu, pude ver meu descanso a vista. Mas não saí daquela cama. Dormi abraçado com Alice.

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Capítulo 6 - Onde os fracos não tem vez

ruídos diariamente! Não eram ruídos de helicóptero, se pareciam mais com carros. Um comboio deles. A princípio, por preguiça, não me levantei. Fiquei deitado na cama, estirado. Quando o tal ruído vinha se aproximando, abri uma pequena parte da janela, que era de cortina e espiei pela janela da frente do meu quarto, que dava visão a rua. O comboio ainda estava longe. Pude vê-lo à distância, indo sentido a casa que eu estava, como se estivessem rumando para Seattle. Seria um grupo de sobreviventes? Fiquei alegre por um instante, e um sorriso instantaneamente se formou em meu rosto. Ele foi substituído por uma expressão de dúvida quando pude claramente ver carros blindados. Seria um esquadrão do exército ou os assassinos. Meu deus, o que queriam os tais assassinos? Porque matavam pessoas inocentes? A expressão, de dúvida, agora era de pavor. Sim, eram eles. Pude distinguir até o “líder” deles, no banco do carona, á distância. Uma pena que tive de sair às pressas, sem poder pegar meu telescópio! Espero que o bendito ainda esteja na mesa lá de casa. Não sei nem se um dia vou voltar lá. Sim, tinha de esquecer. Esquecer todas as memórias do passado, esquecer que um dia o mundo já foi, ou parecia perfeito. Eles iam rumando e passaram pela casa, despercebidos. Não tirei os olhos dos carros, até que mais ou menos 200 metros o comboio parou. De lá, vi o capitão falar algumas coisas, e depois vi um dos jagunços, que carregava uma FAD, rumar até em casa. Devem estar se perguntando porque eu, que era pacifista, sabia nomes de armas. Eu era pacifista, mas adorava a Segunda Guerra Mundial e sempre fui influenciado pela família. Meu pai já havia me contado que meu tataravô tinha lutado nela, mas nunca se aprofundou. E em meu XBOX, eu apenas jogava jogos de tiros, praticamente.

O subordinado chegou até o meio fio da pista e olhou para a Dakota que eu havia roubado, parada em frente á porta. De lá, fez sinais para o comandante, que acenou um “sim” com a cabeça. Do comboio do comandante, pude ver o tal franco-atirador que havia quase acertado minha orelha. Vi o tal apontando para a janela que eu estava espreitando, e senti medo. Mas não podia sair dali. Ele abaixou o rifle e continuei olhando para o soldado dentro do meu carro.

Ele saiu de lá com, justamente, uma das minhas mochilas de comida reservas. Estranhou e apontou para o comandante. O comandante mandou um carro até lá e ficou esperando. Outro desceu, e pegou a minha bolsa. Deu algumas ordens para o jagunço ali, e pude vê-lo entregando ao outro uma faca de caça, que parecia afiada. Enquanto o carro dava ré, pude vê-lo furando os 4 pneus do meu carro, e abrindo o capô. Lá, ele cortou qualquer mangueira que eu não sabia qual era e guardou a faca no coldre da cintura. Então empunhou a arma e carregou-a. Estremeci. Veio vindo em direção á porta da casa. Nisso, corri para um armário estilo closet que estava em meu quarto. A porta do quarto estava aberta, mas não podia fazer nada. Na verdade, era até melhor. Ouvi a porta sendo chutada: sim, ele estava lá. Agora, pensei em toda a minha vida e no que eu fizera de bom e o que não fizera, e na verdade não me arrependi de nada. Se ele tentasse abrir o armário, chutaria a porta e jogaria Alice na cama. Eu morreria, mas ela continuaria viva, se eles não fossem tão ruins como achava.

Pude ouvi-lo lentamente abrir todos os armários e começar a subir a escada. Parou no meio fio, quando viu a porta dos 2 quartos aberta. Acho que isso foi um pretexto para ele pensar que não houvesse ninguém ali. Mas e a comida? Aquilo era uma evidência. Ouvi-o ir até o quarto ao lado, e sair. Então ouvi a porta se abrir lentamente, e alguns passos no quarto. Ficou parado, ali. Depois saiu sem qualquer cautela, e não fechou a porta da frente. Sai do closet e voltei á janela. Pude vê-lo deixando a arma de lado, e pegando alguma coisa no coldre. Uma granada. Meu deus, eu estava literalmente morto agora. Vi-o apertando o gatilho, tirando o pino, e com um sorriso cínico no rosto, soltar o gatilho. Olho para a granada em suas mãos e jogou-a dentro da casa, depois correu sobre a SUV e se abaixou, tapando os ouvidos. Tapei os ouvidos de Alice com os dedos e naquela hora, olhei para a cruz de Cristo, e falei “amém”. Fechei os olhos, e 2 segundos depois a explosão. Ouvi barulho de madeira se esfarelando e vidros quebrando. O barulho foi tanto, e a explosão tão forte, que até a janela de meu quarto quebrou, espalhando pedaços de vidro por todo o lugar, que me cortaram. Pensando que o pior havia passando, 1 segundo depois um eco ensurdecedor, resultado de a casa não estar com ninguém dentro, consumiu meu tímpano. Fiquei desnorteado e tonto por um tempo, e caí ali mesmo. Vi algumas figuras se mexendo no quarto, alguns vultos. Não sabia distinguir se eles eram reais ou não. Os vultos desceram as escadas e desapareceram. Fiquei ali agonizando, até que Alice começou a chorar. Isso me fez “retomar” a consciência e tapar muito depressa a boca dela. Ela continuava chorando, porém agora não poderia fazer nenhum barulho. Olhei pela janela, e o carrasco, antes indo em direção aos carros, agora parou com uma cara de desconfiança. Teria ele ouvido minha irmã chorar? Ele fez um sinal, e á distância vi o franco-atirador mirar na janela de novo. Na hora, me abaixei e fiquei ali parado, detrás da cortina. Fui para o canto do quarto e olhei bem na fresta. O franco-atirador fez um sinal de “ok” com a cabeça e o carrasco voltou ao carro. Pouco depois, nem mesmo o barulho do motor deles podia ser ouvido.

O que tinha acontecido, afinal? Estava me perguntando até agora. Porque eles faziam isso com qualquer pessoa que achavam? Não era mais fácil levá-las para seu grupo de sobreviventes, se é que eles tinham, ou até mesmo fazê-las de escravas? Fui junto à bíblia e à cruz de Cristo, e comecei a rezar um “pai nosso” e uma “ave-maria”, e agradeci ao bom Deus que tivesse me protegido nessa hora aflita. O mundo estava repleto de loucos, percebi. E não só zumbificados, mas humanos também. Coloquei Alice em meu colo, ainda chorando. Não sabia se a explosão havia afetado seus ouvidos. Nanei um pouco com ela, até que dormiu. Decidi descer as escadas e perceber o estrago. Os zumbis tomariam conta daquele lugar, isso era fato. O barulho atrairia hordas e hordas, que agora se intensificavam, nos primeiros dias desse apocalipse.

Quando cheguei à sala, pude ver que os móveis e equipamentos eletrônicos já não mais existiam, assim como minha bolsa de mantimentos, os armários foram destroçados, uma pilastra de madeira da frente da casa que sustentava a pequena varanda tinha cedido, e a escada ficou impossibilitada em alguns degraus. E meu celular? Meu celular! Estava dentro do carro, mas se eu tivesse sorte ele ainda estaria lá. Corri para a SUV, e encontrei o mesmo caído no banco de trás. Por sorte, o assassino não o viu. Se visse, provavelmente estaria mais certo de que havia alguém na casa do que antes. Procurei qualquer outra coisa na SUV que me servisse, como alimentos e roupas. Não achei nada. Ali, sentado no banco do carro, Liguei meu celular para ver se ainda havia sinal da operadora, mas não encontrei. Como encontraria, também? A luz acabara não existiam mais fontes. A bateria do celular estava em 19%. Logo, acabaria e eu perdê-lo-ia para sempre. Entrei na casa devastada de novo e entrei em todos os cômodos que não tinham sido reduzidos á nada. Primeiro fui ao quarto que estava, e em uma das gavetas achei uma lanterna nova, semelhante àquela que eu possuía a base de dínamo. Entrei agora no quarto do casal, e não encontrei nada de útil. Na cozinha, agora esfarelada, um dos armários que não foram totalmente destruídos contavam com 2 pacotes de biscoitos de água e sal, e uma garrafa de água. Previ que agora, aquela seria minha alimentação, e toda aquela comida que roubei na mercearia foi jogada fora. E Alice? Teria de se virar com aquilo também. Na geladeira, que foi levemente danificada na porta, encontrei uma bandeja de salame e um pote de requeijão.

O problema de comida estava levemente sanado, porém e como eu carregaria Alice? Voltei ao quarto do casal e procurei nos armários de novo, mas agora mais profundamente. O que encontrei, foi uma mochila de alça transversal, onde os bolsos ficam atrás. Um deles era bem grande. Ali seria o refúgio de Alice, contra todos esses males. Peguei-a pelo colo e tentei “encaixá-la” naquela mochila. Quando ficou bom, coloquei-a nas costas e pela primeira vez, senti dor nas costas. Sim, pois eu carregava Alice desde o início do apocalipse e nunca descansei apropriadamente. Mas, seriamente, eu não me importava. Ela era minha única família, então perdê-la seria praticamente perder minha humanidade. Peguei a comida que achei e coloquei nos bolsos restantes da mochila, e saí da casa. Fui até a SUV e fiz uma ligação direta. A princípio estava tudo certo, mesmo com o capô aberto. Desci do carro e fui fechar o capô para tentar seguir viagem, mesmo com os pneus furados. Não haveria tráfego, então indo lentamente seria uma boa opção. Quando cheguei perto de lá, pude ver uma fumaça estranha, que parecia vapor de água misturado com qualquer outra coisa que não sabia identificar. Depois de alguns segundos tentando solucionar isso, o carro morreu. Voltei dentro dele e fiz outra ligação direta. Funcionou também, mas morreu no mesmo instante. E a fumaça não parava de sair. Com medo, decidi sair dali correndo. Minha intuição dizia que algo horrível estava prestes á ocorrer. E foi o que aconteceu. Já na pista, depois de mais ou menos 50 metros que corri, o carro explodiu. Sim, explodiu. Foi ai que percebi que provavelmente eles haviam cortado a mangueira do radiador, ou qualquer outro lugar ligado á refrigeração. Aquilo era meu álibi. Saí correndo sem olhar para trás.

Estava ficando de noite. Liguei meu celular para ver a hora exata, e estava em torno do começo das 5 horas. Eu deveria encontrar qualquer outra casa, ou pelo menos um carro que me desse abrigo. Continuei correndo sem olhar para trás, e na mata fechada que rodeava a rodovia, pude ver alguns descerebrados que vinham atrás de mim, por impulso. Foi quando, numa curva meio fechada, pude avistar uma fileira enorme de carros parados. Sem ninguém, óbvio. Praticamente um cemitério de carros á céu aberto, que foram abandonados repentinamente. Seria minha salvação? Corri para o meio deles, e procurei subir em um. Do teto do mesmo, pude ver uma fila interminável de carros, que não pude avistar o fim no horizonte.

Fiquei procurando por um bom tempo, um carro com vidros abertos. Na maioria dos carros que eu passava, havia ocupantes mortos dentro, com tiros em suas cabeças, mas ainda sendo humanos. Em outro, vi um dos monstros morto e caído junto á uma pessoa, também morta. Uma cena que me intrigou foi uma criança que eu julgava ter no máximo 9 anos, mutilada no banco traseiro de uma BMW 325i modelo 95 em perfeito estado. No que vi a cena, virei o rosto e fechei os olhos, desejando nunca ter visto aquilo. Passei reto sem olhar para trás. Fui achar o “meu” carro depois de mais de 20 minutos procurando por ele.

Adentrei o mesmo e tranquei todas as portas, e coloquei Alice no passageiro. Peguei uma das bolachas e comecei a comer. Depois de comer mais ou menos 3 bolachas e 1 fatia do queijo, que seria o meu jantar por hoje, peguei também um pouco da água e despejei um pouco em minha boca. Foi quando, no pôr-do-sol, ouvi alguns grunhidos. Amoleci no banco do carro. Levantei-me um pouco e tentei ver o que estava vindo. Não 1, não 2, não 5, não 10. Nem 100, 200. E sim, a minha morte. A maior horda que eu já tinha visto. Enquanto a água da garrafa, caia, eu me estremecia.
Editado pela última vez por Stiglitz em 13/05/2013 19:16, em um total de 9 vezes.

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Re: História de minha autoria - Los Desperados - Parte 2

Mensagem por Stiglitz »

Só pra ressaltar, agora só semana que vem :( tenho que estudar também e eu vou ver homem de ferro 3 esse fim de semana, então acho que não vai sobrar muito tempo '-'.

edit: n esquece de comentar :3
Editado pela última vez por Stiglitz em 25/04/2013 18:55, em um total de 1 vez.

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Re: História de minha autoria - Los Desperados - Parte 2

Mensagem por Sunray »

Muito bom esse capítulo, agora esperar com muita ansiedade 5° capítulo ;)

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Re: História de minha autoria - Los Desperados - Parte 2

Mensagem por Marceloitac12 »

Esse capítulo teve menos ação,mas foi bom.
VladTepesIII escreveu:Só pra ressaltar, agora só semana que vem :( tenho que estudar também e eu vou ver homem de ferro 3 esse fim de semana, então acho que não vai sobrar muito tempo '-'.

edit: n esquece de comentar :3
Que pena, eu queria saber o que iria acontecer com ele, se os zumbis iriam atacar a casa dele ou se ele iria conseguir falar com alguém.

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Re: História de minha autoria - Los Desperados - Parte 2

Mensagem por Stiglitz »

Marceloitac12 escreveu:Esse capítulo teve menos ação,mas foi bom.
VladTepesIII escreveu:Só pra ressaltar, agora só semana que vem :( tenho que estudar também e eu vou ver homem de ferro 3 esse fim de semana, então acho que não vai sobrar muito tempo '-'.

edit: n esquece de comentar :3
Que pena, eu queria saber o que iria acontecer com ele, se os zumbis iriam atacar a casa dele ou se ele iria conseguir falar com alguém.
Ele precisa de um descanso também né '-'
Mas eu prometo que segunda sai

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Re: História de minha autoria - Los Desperados - Parte 2

Mensagem por Timoneiro »

Excelente! Ri quando ele ligou o 360 ,muito bom.
Editado pela última vez por Timoneiro em 25/04/2013 22:16, em um total de 1 vez.

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Re: História de minha autoria - Los Desperados - Parte 2

Mensagem por LoucurasdoPortal »

Muito bom! Continue, você leva jeito!

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Re: História de minha autoria - Los Desperados - Parte 2

Mensagem por Kazi »

Muito bom. Curti a parte em que ele foi jogar Battlefield... muito bem bolado. :D

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Re: História de minha autoria - Los Desperados - Parte 2

Mensagem por Stiglitz »

galera, dando um spoiler básico.
a partir do próximo cap, adeus eletricidade! então nd mais de bf nem tv '-'

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Re: História de minha autoria - Los Desperados - Parte 2

Mensagem por LoucurasdoPortal »

VladTepesIII escreveu:galera, dando um spoiler básico.
a partir do próximo cap, adeus eletricidade! então nd mais de bf nem tv '-'
Ai ferra :o

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Re: História de minha autoria - Los Desperados - Parte 2

Mensagem por Stiglitz »

tinha que acabar um dia né filhão!?
e os cara das usinas e tal já morreu também (mais eu n contei isso p n perder tempo com parte irrelevante), então elas funcionariam até precisar de algum reparo ou ajuste humano e elas não funcionassem sozinhas.

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Re: História de minha autoria - Los Desperados - Parte 2

Mensagem por LoucurasdoPortal »

VladTepesIII escreveu:tinha que acabar um dia né filhão!?
e os cara das usinas e tal já morreu também (mais eu n contei isso p n perder tempo com parte irrelevante), então elas funcionariam até precisar de algum reparo ou ajuste humano e elas não funcionassem sozinhas.
OK, estou na espera do resto!

Stiglitz
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Re: História de minha autoria - Los Desperados - Parte 2

Mensagem por Stiglitz »

cap 5 disponível galera, leiam ai!
sugestões/criticas/recomendações são sempre bem vindos!

Kazi
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Re: História de minha autoria - Los Desperados - Parte 2

Mensagem por Kazi »

Você colocou "Capítulo 6 - Exilados" e não "Capítulo 5 - Exilados"

Agora irei ler.

@edit. Muito bom o capítulo, esperando pro próximo! =D
Editado pela última vez por Kazi em 29/04/2013 20:53, em um total de 1 vez.

Sunray

Re: História de minha autoria - Los Desperados - Parte 2

Mensagem por Sunray »

Muito bom Vlad, agora esperando o 6° capítulo :)

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